Meu ano de vestibular: ENEM, rotina de estudos, desempenho e aprovação.

Olá, vestibulandos de plantão!

Tá sendo um ano difícil, né? Eu sei, porém o pior e, contraditoriamente, o melhor, ao mesmo tempo, acreditem. Nessa mesma época, no ano passado, eu já estava surtando. Não conseguia dormir direito; vivia com dores nas costas por causa da tensão; herpes pipocada devido à ansiedade.

Chegava dos simulados aos domingos e me trancava no quarto, porque precisava estudar para a prova do dia seguinte, acho que foi por isso ((e por outras mil e uma coisas)) que meu único desejo era que aquele ano acabasse logo.

O maior defeito de uma pessoa em ano de vestibular é achar que não vai passar, que não capacidade para, e comigo não poderia ser diferente, esse pensamento tava fixo na minha cabeça desde sempre, o que me fez sofrer ainda mais. 

Mas ó, não te conto a maior...

No final, vale a pena! 

Entretanto, o "final", quem decide não é você, ok? Então, sem comparações. Talvez seu momento seja agora, talvez daqui a 4 anos. O que eu sei é que não adianta se esquentar com isso. As coisas só acontecem quando têm que acontecer, em tudo há propósito. Já parou para pensar que o número de pessoas que são aprovadas é "dez mil" vezes menor que a quantidade de gente que faz a prova? Infelizmente, o Exame Nacional do Ensino Médio ((ENEM)) não é uma avaliação justa e, algumas vezes, os bem preparados não logram aprovação. 

E está tudo bem. 

Já que falamos dele, o ENEM tem aumentado bastante o nível com o passar dos anos, e posso afirmar porque me inscrevi nas 3 últimas edições e senti isso. Então, não se surpreendam com o teor do exame desse ano.

Pois bem, minha rotina de estudos funcionava da seguinte maneira: meu horário da escola era à tarde, pegava às 13h10 e largava às 18h30 todos dos dias. Duas vezes na semana tinha integral, então, pegava às 7h10, passava o dia no colégio e largava no horário já dito.

Nos dias de integral, não sobrava 1% de bateria para estudar em casa. Nos dias "normais", começava a estudar às 8h, parava às 11h e quando chegava, tentava revisar as aulas do dia e fazer alguns exercícios; o que resultava em, mais ou menos, 1h e 30 minutos.

Em relação ao meu desempenho, a Teoria da Resposta ao Item ((TRI)) me pegou na ((minha)) área específica. Para quem não sabe, o TRI é um sistema de correção que funciona da seguinte forma: se você acerta questões difíceis e erra as fáceis, o sistema entende que foi chute e diminui a pontuação destas. Faltou pouco para fechar a prova de línguas ((espanhol)), mas peguei bomba em português, justamente por ter acertado as questões mais difíceis da prova. Acertei 28 questões, sem contar espanhol, e minha nota atingiu míseros 600 pontos.

Foi ali que, por um momento, achei que estivesse fora. Linguagens era a área de maior peso para o meu curso. E foi aí que entrou a redação para me salvar, como de costume 😜

Consegui 800 pontos na redação de 2018, pouco menos que na do ano anterior, e não nego, esperava mais. Fui despontuada por erros bobos de crase e só. Certeza que o meu corretor não estava num bom dia hahah.

Falei sobre os avanços tecnológicos advindos das Guerras Mundiais e Revoluções Industriais; citei o filme Ela, que fala sobre a paixão impossível de um homem por um computador; trouxe o algoritmo da internet; e por fim, na conclusão, falei sobre a valorização das relações reais e da busca sobre a veracidade das notícias antes de compartilhá-las.

Como já dei spoiler para vocês, já estão ligados que passei, né? Pois é, o impossível ((na minha cabeça)) se tornou real.

Quem me conhece sabe o quanto pensei em Moda. Quando vi a grade curricular, tive certeza de que aquele curso tinha sido feito para mim. Só não me liguei em um detalhe: a única universidade pública que tem o curso é a de Fortaleza. Fim do EM, 16 anos... Qual a probabilidade de meus pais me deixarem morar sozinha em outro estado para fazer o curso? Zero!

Tinha muita coisa em jogo e resolvi procurar outro curso que tivesse sido feito pensando em mim hahah. Encontrei: Letras. Como não tinha pensado nisso antes? Super me identificava com as disciplinas de Linguagens. Era o tipo de aluna que esperava ansiosamente pelas aulas.

Consegui minha vaguinha na UFPE com ingresso no segundo semestre. Foi opcional, na verdade. No primeiro, as aulas seriam à noite, o que dificultaria minha volta para casa; já que as aulas terminariam por volta das 22h. Já na segunda entrada, será pela manhã, com horários variados ((pegando de 7h ou 8h e largando de 12h ou 13h, depende do dia da semana)).

Exatos 14 dias para as aulas começarem e meu sobrenome é ansiedade. Minhas expectativas estão altíssimas e espero me surpreender com as cenas dos próximos capítulos. Obrigada por ter lido até aqui e espero muito ter te ajudado de alguma forma. Confie em mim, vai dar certo. Sua vontade pode não ser a mesma do "chefe", mas independente do resultado, aos olhos dEle, já está dando certo.

Um beijo e boa sorte 💖